A cidade portuária da Gafanha da Nazaré desenvolve-se a partir da instalação de homens e mulheres que, maioritariamente provenientes do norte e interior centro do país, procuravam trabalho. A sua matriz industrial e laboriosa, especialmente no que se refere à transformação alimentar dos produtos da pesca, revela-se também no comércio local, que é um comércio muito mais vocacionado para as necessidades práticas e imediatas do que para os tempos de ócio... Vale a pena descobrir as histórias e valores desta gente de "força"!

Sugestões de visitas a estabelecimentos comerciais...

(se considera que tem ou conhece uma loja na Gafanha da Nazaré que seja interessante incluir nesta lista, por favor contacte-nos para o e-mail turismo@cm-ilhavo.pt)

Um pouco de história...

A instalação do Estaleiros Mónica marcam a primeira instalação de uma grande indústria na Gafanha da Nazaré, em finais do século XIX. O “Razoilo” é a sua grande primeiro “hiate”, vocacionado para a exportação de sal, em 1889. Foram os Estaleiros Mónica que serviram para a captação de novos investimentos – locais, na Gafanha da Nazaré, em especial os da pesca do bacalhau, estando na origem do “Porto Bacalhoeiro”.

A Cale da Vila é a primeira área a ganhar uma nova dinâmica, impulsionada por estas atividades. Em 1910 foi criado o posto da Guarda-Fiscal da Gafanha da Nazaré, com o intuito de fiscalizar as cargas dos navios bacalhoeiros e os recursos e movimentos comerciais e industriais. Nas imediações da Cale da Vila, em terrenos agrícolas, vêm a instalar-se as secas de bacalhau, próximas dos locais de descarga.

Estes foram os primeiros impulsos económicos que viriam a resultar na cidade da Gafanha da Nazaré (já no século XXI), por essa altura apenas um lugar pouco povoado, e atualmente com uma das maiores densidades populacionais do Centro de Portugal. O aumento exponencial dos habitantes deve-se, pois a migrações nacionais, à procura de trabalho, que se acentua no início do século XX, e que resulta num mosaico habitacional aparentemente desorganizado. A construção naval, as pescas, com destaque para as longínquas, as secas, as conservas e outras indústrias de transformação alimentar e de suporte à atividade naval e a agricultura de subsistência foram as principais ocupações por este século.

Era vista principalmente como cidade portuária, de trabalho, e as compras muitas vezes realizadas na cidade de Aveiro, o núcleo urbano mais próximo. Das celebrações destacavam-se a Nossa Senhora dos Navegantes, como não poderia deixar de ser, e pelas cerimónias de “bota-abaixo” dos navios aqui construídos.

Mais acerca da Gafanha da Nazaré, aqui...