Trilho Pedestre Rota das Padeiras
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É um trilho na fronteira de Natureza e Cultura. Se por um lado temos um verdadeiro leque de espécies de flora endógena e de fauna característica dos sapais da “Ria de Aveiro”, por outro, temos uma presença humana marcante.
Ficha técnica:
Início/Fim: Largo da Padeira (Vale de Ílhavo), rota circular
Âmbito: Cultural e Ambiental
Tipo de Percurso: Percurso Local (PL) por caminhos urbanos e de natureza
Distância: 5,8 km em circuito
Duração: Cerca de 2 horas
Nível de Dificuldade: Baixo
Desníveis: Irrelevantes
Época Aconselhada: Todo o ano
Vale de Ílhavo, onde se localiza a “Rota das Padeiras”, está implantado na margem direita do Rio Boco e com áreas na “Zona de Proteção Especial da Ria de Aveiro”.
Existem, ao largo do trilho, áreas de Sapal, Caniçal e importantes áreas de Bocage, associadas a áreas agrícolas. Estas áreas apresentam-se como importantes locais de alimentação e reprodução para diversas espécies de aves, sendo que a Zona de Proteção Especial da Ria alberga regularmente mais de 20.000 aves aquáticas, e um total de cerca de 173 espécies, com particular destaque para o elevado número de aves limícolas. É de destacar que nesta ZPE se situa cerca de 60 % da população nidificante em Portugal de Garça-vermelha (Ardea purpurea).
Aves c/ interesse, no local:
- Alfaiate (Recurvirostra avosett)
- Negrola (Melanitta nigra)
- Borrelho-grande-de-coleira (Charadrius hiaticula)
- Borrelho-de-coleira interrompida (Charadrius alexandrinus)
- Garça-vermelha (Ardea purpurea)
Ao nível da flora são comuns os Carvalhos (Quercus robur), Sobreiros (Quercus suber), Castanheiros (Castanea sativa), e, em menor escala, o Pilriteiro (Crataegus monogyna).
No que às atividades humanas e à semiruralidade da povoação respeita, pode contactar-se com a agricultura e a silvicultura, a arquitetura vernácula existente e, nalguns casos, as influências de Arte Nova. A gastronomia, um dos principais atrativos do percurso, apresenta-se com as Padas e Folares de Vale de Ílhavo, produzidos de forma artesanal e é ainda pretexto para contactar com as tradições da moagem dos cereais e da cestaria praticadas na zona.
Historicamente, a Ermida, onde o trilho também passa, foi um pequeno Concelho, distinto de Ílhavo, através da doação de carta de foral por D. Manuel, em 1514. Só em 1834, com o final do Absolutismo, passa a integrar Ílhavo. A Quinta do Paço da Ermida e a sua Capela, visitados durante o trilho, eram o ponto central e mais destacado deste antigo Concelho, à qual ainda se associam algumas lendas regionais.
E já que aqui está, e como não poderia deixar de ser, aventure-se à procura das famosas padeiras. Não têm casas comerciais abertas pelo que terá que perguntar aos habitantes locais. Um bom indício da existência das fabulosas padas é o fumo nas chaminés e a lenha à porta. Atreve-se?