O trajeto náutico entre a Ponte de Fareja (em Vagos) e a Ponte da Vista Alegre - K, é perfeito para a canoagem ou para o kayaking. Segue por uma zona do rio Bôco através de sapal e juncal, muito frequentada por aves limícolas, e também por áreas florestais e agrícolas. Atravessa a área urbana de Vagos e a Quinta do Ega, para depois seguir para as “Gafanhas”. Já em Ílhavo atravessa o antigo concelho da Ermida, cuja história está ligada à da família de D. Manuel de Moura Manuel, o bispo que mandou construir a capela de Nossa Senhora da Penha de França, na Vista Alegre. Esta capela e o túmulo do bispo, no seu interior, encontram-se classificados como Monumentos Nacionais.

• Extensão - 4,7 km
• Dificuldade - médio / baixo
• Tipologia - linear
• Duração - 2h20m

O rio e o canal do Bôco

Até há cerca de 10 séculos a Ria não existia, desaguando os rios diretamente no oceano. Nessa altura, iniciou-se o desenvolvimento de duas línguas de areia, uma a norte em Espinho e outra a sul próximo do Cabo Mondego. Ao longo do tempo a localização da barra foi variando entre Torreira e Mira, com períodos em que a lagoa estava completamente isolada do oceano. Em 1808 foi construída a atual barra da Ria de Aveiro, fixada por dois molhes. Os rios Vouga e Antuã constituem as principais fontes de água doce. A circulação no interior da lagoa é dominada pela maré. Na costa ocidental de Portugal a onda de maré propaga-se de sul para norte. A maré penetra no interior da Ria através do canal da Barra e propaga-se a baixa velocidade ao longo dos canais.

A Ria de Aveiro pode ser dividida em três zonas principais, e inclui, no Município de Ílhavo, os canais de Ílhavo (ou do Bôco) e Mira, respetivamente com 7 e 14 km de comprimento e 200 e 300 metros de largura máxima, além da entrada da barra da ria, também conhecido como "canal principal".

Inicia-se logo a seguir ao Porto Bacalhoeiro, na zona das antigas salinas de Ílhavo (contíguas à A25/Praias), prolongando-se para sul pelo Município de Vagos. Por esta altura é já considerado rio. A sua nascente localiza-se na localidade com este nome, em Febres (Município de Cantanhede).

Corresponde a uma ampla zona plena de valores naturais muito evidentes e uma paisagem que se evidencia pouco intervencionada, pesem embora as localidades nas margens do canal. Além da riqueza histórica e cultural que evidencia através da passagem ao longo das antigas salinas e dos cais de pescadores tradicionais de Ílhavo: Malhada e Gafanha d’Aquém, passa também ao longo do complexo industrial da Vista Alegre, o maior e mais antigo bairro operário nacional e um dos poucos europeus ainda em laboração.

Conheça este e outros percursos no website da Grande Rota da Ria de Aveiro - aqui.