Se há artista que conhece os cantos à Casa da Cultura de Ílhavo, e até a outros espaços culturais e aos festivais do 23 Milhas, é Samuel Úria.
Avançamos para o futuro com ele, ainda a pisar o terreno agridoce do passado, que se impõe presente, com o seu novo disco 2000 A.D. Para uma geração nascida logo depois do PREC, as esperanças depositadas na viragem do milénio foram em vão e aquilo que era uma ideia de progresso e transformação do mundo, transformou-se na regressão - repressão, grita-se à toa - civilizacional que vivemos.

Mas a música de Samuel Úria continua a só saber crescer. Não nos pode salvar, mas livra-nos, pelo menos, da solidão de boca da resignação. Daqui para trás, contra os dias burocráticos, seguimos aos tropeções na ternura e na gula revolucionária das suas canções.

Casa Cultura Ílhavo

Av. 25 de Abril

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