Imóvel de Interesse Público

Decreto n.º 735/74, DG, I Série, n.º 297, de 21-12-1974

É possível ainda hoje observar o que resta desta fortaleza, construída entre 1643 e 1781 com fins de proteção militar da Ria de Aveiro, no período pós-Restauração. Depois de 1640, a necessidade de reforçar as fronteiras do Reino tornaram-se uma prioridade na política da Coroa, pelo que uma das primeiras medidas de D. João IV foi a criação do Conselho de Guerra, que supervisionou uma reestruturação da rede de fortalezas fronteiriças. Na região foi edificado um forte "na ilha da Mó do Meio", na Gafanha da Nazaré, que originalmente apresentava uma planimetria abaluartada.

Foi reconstruído em 1801 e, também durante o século XIX, foram acrescentadas construções, incluíndo um pequeno farol (torre de sinais) que definiram a presente forma do forte. Este nunca terá tido efetiva importância defensiva. Teve, no entanto, importância estratégica enquanto marco territorial e de orientação para a navegação e entrada de embarcações nas sucessivas barras da Ria de Aveiro, de difícil transposição. A barra definitiva foi apenas construída, artificialmente, em 1808. Até essa data as barras abriam e encerravam naturalmente (salvo uma outra abertura artificial na zona da Vagueira em 1757). 

O Forte da Barra, edificado na ilha do Mó do Meio, uma área que teria sido uma das mais sólidas no período de consolidação da Gafanha da Nazaré, era também um ponto de orientação no acesso dos habitantes da vizinha cidade de Aveiro à praia da Barra.

Integra, atualmente, um programa de reabilitação do património histórico para fins turísticos de iniciativa dos Ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças.