Alegorias do Mar na Cerâmica da Vista Alegre
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Exposição
No passado dia 18 de maio (sábado),o Museu Marítimo de Ílhavo inaugurou a exposição “Alegorias do Mar na cerâmica da Vista Alegre”, integrada nas comemorações do bicentenário da Fundação da Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre, que reúne um conjunto de peças inspiradas no mar e produzidas entre 1869 e 1950.
Esta exposição estará patente até dia 17 de novembro.
Desvendamos um pouco da exposição...
A porcelana é introduzida em Portugal por Vasco da Gama, em 1499, quando, além de especiarias, pedras preciosas, o porão do seu navio também a incluiu no lote de tesouros a oferecer a D. Manuel I. Entre finais do século XIX e até meados do século XX, foram escolhidas para esta exposição peças saídas das mãos de alguns dos mais exímios pintores e escultores formados na Escola de Desenho e de Pintura da Fábrica da Vista Alegre, que reflitam a temática marítima.
A própria família Pinto Basto, fundadora da fábrica, esteve ligada à navegação e ao comércio marítimo internacional, tendo até sido proprietária do navio Trocador, empregue no comércio luso-brasileiro, e que aportava em Aveiro (em atividade desde 1812). Mais tarde, o Santo Amaro, ao serviço dos Pinto Basto, efetuava viagens entre Lisboa, Baía e Porto, e até em 1912 o palhabote Sophia, da "Parceria Marítima Ilhavense", se iniciou nas campanhas de pesca do bacalhau no Atlântico Norte (foi torpedeado por um submarino alemão em 1918 no Grande Bando da Terranova (Canadá).
O comandante António Jervis de Atouguia Ferreira Pinto Basto (1874 - 1960), ao serviço da Marinha Portuguesa, foi um ilustrador desta tradição marítima em diários de viagem. Comandou o cruzador S. gabriel na primeira viagem de circum-navegação de um navio de guerra português, e ilustrou ainda campanhas oceanográficas em que participou a bordo do iate real D. Amélia, do rei D. Carlos I.
Mais tarde, em 1940, destacam-se as peças dos artistas modernistas (contidas e condicionada a estéticas mais tradicionalistas) que, durante o período do Estado Novo, procuraram, reunidos pelo Governo, transmitir ao mundo uma ideia progressista e um sinal de unidade na legitimação de um regime que fundava no passado a sua grandeza histórica, na Exposição Comemorativa do Duplo Centenário da Independência e da Restauração.
A porcelana da Vista Alegre é também evidenciada nos serviços de bordo dos navios da pesca do bacalhau, reservados apenas aos oficiais, a partir de 1930. Por outro lado, numa cultura mais popular, também por estas alturas se faz a representação das culturas litorâneas, nas suas fainas e vida quotidiana. O pescador foi elevado á categoria de herói pelo Secretariado Nacional de Informação.
Paralelamente, na produção artística da Vista Alegre, a biodiversidade é representada muito como elemento decorativo, até à primeira metade do século XX onde a fábrica ilhavense introduz elementos dos conhecimento dos pescadores e marinheiros locais como ursos polares, pinguins, pelicanos, golfinhos, bem como diversas espécies de peixes, bivalves e gastrópodes, resultado de conhecimento apurado desta Escola de Pintura e Desenho, e transmitida aos seus alunos.
Avenida Dr. Rocha Madaíl
3830-193 Ílhavo
GPS: 40°36'15.8"N 8°39'57.5"W
Google Maps: 40.604386, -8.665973
Entre maio e setembro
Terças-feiras a domingo
10h00 ~ 13h00 (última entrada 12h15)
14h00 ~ 18h00 (última entrada 17h15)
Entre outubro e abril
Terças-feiras a sábado
10h00 ~ 13h00 (última entrada 12h15)
14h00 ~ 18h00 (última entrada 17h15)
Domingos
14h00 ~ 18h00 (última entrada 17h15)
Encerra ao público à segunda-feira e nos seguintes feriados: 1 de janeiro, sexta-feira Santa, domingo de Páscoa, 1 de maio, 1 de novembro e 25 de dezembro. Nos restantes feriados encontra-se aberto no horário 14h00 ~ 18h00.
gratuito